Uma descoberta científica impressionante Porto Velho, RO - Poderia haver um enorme oceano escondido 700 km abaixo de nossos pés? Se as descobertas feitas por
Um oceano no centro da Terra? Se essa imagem lhe soa familiar, provavelmente é porque você leu o romance Viagem ao Centro da Terra, de Jules Verne, publicado há mais de 150 anos. A realidade pode muito bem estar alcançando a ficção, já que as descobertas feitas por duas equipes de cientistas no Brasil e em Botsuana apontam na mesma direção sobre esse assunto.
Duas descobertas com mais de 10 anos de diferença
No centro dessas especulações está um mineral muito especial encontrado em 2009 no Brasil pela equipe do Dr. Graham Pearson, Diretor de Pesquisa de Exploração de Diamantes da Universidade de Alberta. A ringwoodita foi encontrada em uma pedra recuperada de uma profundidade entre 410 e 660 km abaixo da superfície da Terra. Esse mineral hidratado nunca havia sido observado antes no ambiente natural: é um fenômeno que pode ocorrer em meteoritos, mas no centro da Terra, ninguém imaginava.
Essa descoberta provou que a água poderia ficar presa em rochas no manto da Terra. A questão era se esse era ou não um caso isolado. Embora vários estudos de laboratório tenham sido realizados nos anos seguintes, foi em 2022 que um novo estudo trouxe a ringwoodita natural de volta aos holofotes: uma pedra semelhante à de Pearson acabara de ser descoberta em Botsuana. Nas mãos do físico mineral Tingting Gu, do Gemological Institute of America, em Nova York, essa pedra confirmou as teorias já apresentadas mais de 10 anos antes.
equipes de cientistas em duas partes diferentes do mundo servirem de referência, esse pode muito bem ser o caso. Mais um motivo para abalar muitas crenças sobre nosso planeta azul por fora.... e também um pouco por dentro.
Um oceano no centro da Terra? Se essa imagem lhe soa familiar, provavelmente é porque você leu o romance Viagem ao Centro da Terra, de Jules Verne, publicado há mais de 150 anos. A realidade pode muito bem estar alcançando a ficção, já que as descobertas feitas por duas equipes de cientistas no Brasil e em Botsuana apontam na mesma direção sobre esse assunto.
Duas descobertas com mais de 10 anos de diferença
No centro dessas especulações está um mineral muito especial encontrado em 2009 no Brasil pela equipe do Dr. Graham Pearson, Diretor de Pesquisa de Exploração de Diamantes da Universidade de Alberta. A ringwoodita foi encontrada em uma pedra recuperada de uma profundidade entre 410 e 660 km abaixo da superfície da Terra. Esse mineral hidratado nunca havia sido observado antes no ambiente natural: é um fenômeno que pode ocorrer em meteoritos, mas no centro da Terra, ninguém imaginava.
Mapa mostra como a Terra poderá ficar daqui a 250 milhões de anos e a posição do B
Essa descoberta provou que a água poderia ficar presa em rochas no manto da Terra. A questão era se esse era ou não um caso isolado. Embora vários estudos de laboratório tenham sido realizados nos anos seguintes, foi em 2022 que um novo estudo trouxe a ringwoodita natural de volta aos holofotes: uma pedra semelhante à de Pearson acabara de ser descoberta em Botsuana. Nas mãos do físico mineral Tingting Gu, do Gemological Institute of America, em Nova York, essa pedra confirmou as teorias já apresentadas mais de 10 anos antes.
Um oceano sob nossos pés, mas não como você imagina
Os estudos dos geólogos parecem, portanto, confirmar que a zona de transição, localizada a uma profundidade entre 410 e 660 km, contém um volume de água equivalente a um ou mais oceanos de superfície. Mas cuidado: não se trata de água líquida ou gelo, mas de água aprisionada em minerais como a ringwoodita, que pode armazenar água na forma de íons OH- em alta pressão.
Essa descoberta abalou as crenças dos especialistas na área, mas também levantou uma série de questões. A mais óbvia diz respeito à origem dessa água. A segunda diz respeito ao seu papel no ciclo da água da Terra. “Acho que esse oceano subterrâneo pode ser a fonte de um ciclo de água profundo, que é de fato crucial para o funcionamento do nosso planeta”, diz Tingting Gu. Por sua vez, Graham Pearson acredita que essa água aprisionada nas profundezas da Terra pode ter um papel importante no funcionamento das placas tectônicas, entre outras coisas.
Os estudos dos geólogos parecem, portanto, confirmar que a zona de transição, localizada a uma profundidade entre 410 e 660 km, contém um volume de água equivalente a um ou mais oceanos de superfície. Mas cuidado: não se trata de água líquida ou gelo, mas de água aprisionada em minerais como a ringwoodita, que pode armazenar água na forma de íons OH- em alta pressão.
Essa descoberta abalou as crenças dos especialistas na área, mas também levantou uma série de questões. A mais óbvia diz respeito à origem dessa água. A segunda diz respeito ao seu papel no ciclo da água da Terra. “Acho que esse oceano subterrâneo pode ser a fonte de um ciclo de água profundo, que é de fato crucial para o funcionamento do nosso planeta”, diz Tingting Gu. Por sua vez, Graham Pearson acredita que essa água aprisionada nas profundezas da Terra pode ter um papel importante no funcionamento das placas tectônicas, entre outras coisas.
Fonte: IGN Brasil
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