Quinta-feira, 03 de julho de 2025

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Doença silenciosa que mata 12 mil por ano no Brasil



Porto Velho, RO - O câncer de pâncreas é uma das formas mais agressivas da doença e responsável por cerca de 5% das mortes relacionadas ao câncer no Brasil, segundo dados do Atlas de Mortalidade do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Embora represente apenas 1% de todos os diagnósticos oncológicos no país, é o sétimo tipo mais letal, com quase 12 mil óbitos registrados anualmente.

No cenário global, o panorama é igualmente preocupante. Segundo o Globocan, base de dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 495 mil novos casos foram identificados em 2020, resultando em 466 mil mortes — o que faz da doença a sétima principal causa de morte por câncer no mundo.

Apesar de avanços no tratamento, o câncer de pâncreas segue com prognóstico desfavorável. Isso se deve, em grande parte, ao fato de os sintomas só aparecerem em estágios avançados, dificultando o diagnóstico precoce. Especialistas alertam, no entanto, que conhecer os sinais da doença pode fazer diferença no tempo de resposta.

Como o câncer de pâncreas se desenvolve

A doença é causada por alterações no processo de regeneração celular da glândula pancreática — um órgão localizado abaixo do estômago e conectado ao duodeno. Quando as células passam a se dividir de forma desordenada, formam tumores que, com o tempo, podem comprometer o funcionamento do órgão e se espalhar para outras regiões do corpo.

De acordo com a médica Deborah Lee, da farmácia online britânica Dr.ª Fox, um dos sintomas que mais devem chamar a atenção é a coceira persistente na pele. Em entrevista ao jornal Daily Express, ela destaca um estudo publicado no Official Journal of the International Hepato Pancreato Biliary Association, que mostra que o prurido atinge cerca de 75% dos pacientes diagnosticados com a doença.

Principais sintomas do câncer de pâncreas:

    * Icterícia (pele e olhos amarelados);
    * Coceira intensa na pele (prurido);
    * Urina escura e fezes claras;
    * Dor abdominal que irradia para as costas;
    * Dificuldade na digestão;
    * Falta de apetite e perda de peso repentina;
    * Cansaço constante e fraqueza;
    * Aumento anormal da vesícula biliar;
    * Formação de coágulos sanguíneos;
    * Alterações visíveis no tecido gorduroso da pele;
    * Desenvolvimento repentino de diabetes

Fatores de risco

Os principais fatores que aumentam o risco da doença incluem o tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, obesidade e dietas com alto teor de gordura.

Especialistas reforçam a importância da atenção aos sintomas e da realização de exames de rotina, especialmente entre pessoas que apresentam fatores de risco. O diagnóstico precoce é essencial para melhorar as chances de resposta ao tratamento e de sobrevida do paciente.

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