Bolsonaro ironiza produção brasileira no Oscar e detona Fernanda Torres

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Bolsonaro ironiza produção brasileira no Oscar e detona Fernanda Torres

 Ex-presidente não contou se viu o filme nacional, que está indicado ao Oscar, mas disse que "não tenho tempo de ver filme, até ler livro é quase impossível"

Ex-presidente Jair Bolsonaro e atriz Fernanda Torres, em montagem de fotos - (crédito: Reproduc?a?o / Le?o Dias TV - Reprodução/Instagram)

Porto Velho, RO - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a protagonizar uma nova polêmica ao criticar publicamente o filme Ainda estou aqui, dirigido por Walter Salles, e a atriz Fernanda Torres, protagonista da produção.

Durante uma entrevista ao Portal Léo Dias, Bolsonaro ironizou o longa e resgatou velhas acusações sem provas contra Rubens Paiva, político cassado e desaparecido durante a ditadura militar. “O filme tinha que começar comigo”, dispara Bolsonaro.

Ao ser questionado sobre a produção brasileira que está ganhando destaque na corrida pelo Oscar, Bolsonaro foi enfático: “O filme tinha que começar comigo”, disse, antes de desviar do tema e citar eventos ligados ao período da ditadura. “Família Paiva, você tem que falar em Eldorado Paulista, a minha cidade. Você tem que falar em maio de 70, quando passou o Lamarca na cidade. Por que o Lamarca achou aquele lugar de guerrilha? Pode ser que não tem nada a ver com o Rubens Paiva”, afirmou.


Sem responder diretamente se assistiu ao filme ou se torce pelo Brasil na premiação, Bolsonaro minimizou o assunto e declarou: “Eu não tenho tempo de ver filme, até ler livro é quase impossível pra mim”. Já sobre a disputa pelo Oscar, ele se limitou a dizer: “O brasileiro ganha em qualquer lugar”.

A categoria de Melhor Filme Internacional foi acrescentada ao Oscar em 1948, 19 anos após a criação da premiaçãoAFP


O brasileiro Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, retrata a vida de Eunice Paiva, que teve o marido morto e torturado pela ditadura militar Alile Dara Onawale/Divulgação

O ponto alto da entrevista foi quando Bolsonaro se irritou com declarações de Fernanda Torres sobre seu governo. A atriz teria afirmado que não seria possível produzir o filme na gestão do ex-presidente, o que gerou uma resposta ríspida: “A mensagem ali é política. Ela falou que no meu governo não seria possível fazer aquele filme. Não seria por quê? Eu proibi algum filme no meu governo? Eu arrumei a Lei Rouanet, se bem que não tem Lei Rouanet nesse filme. Eu não persegui ninguém. Meu governo não perseguiu ninguém”, afirmou.

O jornalista Léo Dias, no entanto, o confrontou sobre acusações de que artistas críticos à sua gestão teriam sido alvos de perseguição. “Nem aquele pessoal do movimento Ele Não? Porque eu conheço artistas ali e logo depois a Receita Federal foi para cima deles, foi isso que haviam me dito”, perguntou. Bolsonaro, por sua vez, negou qualquer envolvimento e garantiu: “Eu não determinei nada disso”.

Fonte: Correio Braziliense

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