Policiais militares foram enviados para o Posto Fiscal Tucandeira, na divisa com Rondônia, na última terça-feira (14). Rondônia enfrenta onda de violência gerada por uma “guerra” entre agentes de segurança e o Comando Vermelho. Governo do Acre enviou aeronave para dar suporte às forças de segurança.

Policiamento no Posto Fiscal Tucandeira foi reforçado pela Polícia Militar — Foto: Arquivo/Secom
Porto Velho, RO - O policiamento no Posto Fiscal Tucandeira, que fica na BR-364, em Acrelândia, interior do Acre, divisa com o estado de Rondônia, foi reforçado por conta da onda de violência gerada por uma “guerra” entre agentes de segurança e o Comando Vermelho no estado vizinho.
O governo do Acre enviou ainda uma aeronave para dar auxílio às forças de segurança rondonienses.
A informação foi confirmada ao g1 nesta quinta-feira (16) pela comandante da Polícia Militar do Acre (PM-AC), coronel Marta Renata. As equipes foram para o posto na terça (14). O quantitativo de agentes não foi divulgado.
"Reforçamos a segurança na nossa divisa, considerando o contexto em Rondônia. É uma ação preventiva para resguardar o nosso estado", destacou a coronel.
A comandante explicou que o posto já conta com uma equipe fixa. Não há previsão para a saída das equipes da divisa.
3º dia de ataques
Oito pessoas morreram durante ataques realizados pelo Comando Vermelho na noite da quarta-feira (15) em Porto Velho, no terceiro dia de conflitos entre a Polícia Militar e a facção em Rondônia. A grande parte das vítimas são pedestres e pessoas que circulavam pelas ruas da cidade.
Confira a lista
Na noite da quarta-feira, quatorze moradores da zona Leste da capital de Rondônia foram baleados e levadas até unidades de saúde. Desses, seis não resistiram aos ferimentos e morreram. O número foi confirmado pela Rede Amazônica.
De acordo com a polícia, criminosos passaram de carro em frente a um bar localizado na zona Leste de Porto Velho e atiraram nos clientes. Duas pessoas foram atingidas; uma morreu no local e a outra chegou a dar entrada no Hospital João Paulo II, mas não resistiu aos ferimentos e também faleceu.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) informou que um ciclista também foi baleado por criminosos. Outros pedestres e moradores morreram após serem baleados na mesma região da cidade.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/a/C/wXXFO0R5mxwangKQdbPQ/meitu-20250114-085422094.jpg)
Ônibus incendiados em Porto Velho — Foto: Reprodução Redes Sociais
Para ajudar no combate ao crime organizado em Porto Velho, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp) enviou um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) para apoiar as operações policiais na capital.
Além disso, o Ministério da Justiça e Segurança Pública enviou cerca de 60 agentes da Força Nacional, que já estão atuando em Porto Velho e outros devem chegar nos próximos dias.
Entenda a origem dos ataques
Nos últimos meses, a PM realizou diversas operações contra o crime organizado no conjunto habitacional Orgulho do Madeira, localizado na Zona Leste de Porto Velho, região dominada pelo Comando Vermelho.
Em uma das ações da polícia, realizada no dia 8 de janeiro, um dos chefes da facção foi morto pela PM. O nome dele e a dinâmica de como a morte ocorreu não foram revelados pelas autoridades.
No domingo (12), o cabo da Polícia Militar, Fábio Martins, foi morto com seis tiros na cabeça no Orgulho do Madeira, onde morava. Ele estava de folga, acompanhado da esposa, quando foi morto.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/Q/Y/EYTCOjRBmYDvdJ3e1OyQ/meitu-20250113-102339186.jpg)
Fábio Martins morreu no último domingo (12) — Foto: Reprodução Polícia Militar
Logo depois que a polícia entrou no residencial, começaram os ataques contra ônibus. Mais de 20 veículos já foram queimados.
Fonte: G1
0 Comentários