Guilherme Mello à CNN: Agências têm “posturas diferentes”, mas reconhecem melhora fiscal

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Guilherme Mello à CNN: Agências têm “posturas diferentes”, mas reconhecem melhora fiscal

Secretário recebeu a CNN na sede do Ministério da Fazenda em São Paulo e avaliou sinalizações diferentes de Fitch e Moody’s



Porto Velho, RO -  - O secretário de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, defendeu em entrevista à CNN que todas as grandes agências de risco reconhecem a melhora do cenário fiscal do Brasil, apesar de adotarem “posturas diferentes” em suas comunicações.

Num intervalo de cinco dias entre o final de setembro e o início de outubro: a Fitch Ratings disse que a “perspectiva incerta” no fiscal do país restringe sua nota de risco a “BB estável” e a Moody’s elevou a nota de crédito Ba2 para Ba1, deixando o Brasil a um passo do grau de investimento.

“Todas as agências reconhecem a surpresa positiva na economia brasileira, tanto no crescimento quanto no fiscal. Mas indicam que ainda há desafios no fiscal, em particular na trajetória da dívida e das despesas públicas, dado que o orçamento é rígido e que algumas rubricas crescem acima do arcabouço, o que a Fazenda também reconhece”, disse.

Para Mello, a leitura de Fitch e Moody’s é a mesma, e a diferença está na “postura”: enquanto a primeira reconhece a surpresa positiva e sinaliza que, caso endereçados temas de médio prazo na política fiscal e mantido o crescimento, o Brasil poderá recuperar grau de investimento, outras “preferem aguardar estas entregas” para alterar suas posições.

“Acho a leitura é a mesma, alinhada nos principais temas, nos resultados positivos da economia e nos desafios, mas há essa diferença meramente de postura sobre sinalizar ou não o aumento da nota de risco do país”, disse o secretário, que recebeu a CNN na sede do Ministério da Fazenda em São Paulo.

Questionado sobre as expectativas da Fazenda de quando o Brasil pode recuperar grau de investimento, o secretário indicou que este movimento depende da capacidade da pasta de avançar com agendas “tanto do lado da receita quando das despesas”, mas também de sinalizar estes passos às agências.

“Difícil prever isso [quado voltará grau de investimento]. Não somos capazes de controlar a percepção dos agentes sobre a agenda econômica, mas temos a capacidade de, trabalhando, entregar resultados […] Se continuarmos entregando, é possível que em breve as agências reconheçam este caminho e elevem a nota”, completou.

Fonte: CNN Brasil

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