Ucrânia: Zelensky tenta liberar nos EUA ajuda contra forças russas

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Ucrânia: Zelensky tenta liberar nos EUA ajuda contra forças russas

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, está em Washington nesta terça-feira (12) para defender a entrega de mais ajuda militar ao seu país. O assunto será tratado em reuniões no Congresso e na Casa Branca. A Ucrânia precisa continuar a receber apoio americano para enfrentar a invasão russa, mas essa ajuda massiva não está garantida e vem sendo cada vez mais contestada no Senado.

Porto Velho, RO - Para a Casa Branca, receber Volodymyr Zelensky significa sublinhar o compromisso inabalável dos Estados Unidos em apoiar o povo ucraniano na defesa contra a invasão da Rússia. É a terceira vez em um ano que o líder ucraniano irá percorrer os corredores do Congresso americano, palco atualmente de negociações tensas em torno de ajuda adicional a Kiev.

“Esta será a sua visita mais importante”, disse o líder democrata no Senado, Chuck Schumer.

Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, os Estados Unidos já enviaram mais de US$ 110 bilhões a Kiev. Na semana passada, contudo, os senadores rejeitaram um novo pedido do presidente dos EUA, Joe Biden, de financiamento adicional de cerca de US$ 61 bilhões.

Os senadores republicanos deixaram claro que não votarão qualquer ajuda adicional para a Ucrânia sem que sejam tomadas medidas para controlar melhor o fluxo migratório na fronteira sul dos Estados Unidos.

Em Washington, Zelensky poderá discutir pessoalmente com os senadores, como JD Vance. No último fim de semana, este parlamentar trumpista de Ohio disse que os EUA deveriam aceitar a ideia de a Ucrânia ceder território à Rússia

Embora Joe Biden tenha declarado que os Estados Unidos continuarão a apoiar Kiev, as forças ucranianas sentem cada vez mais falta de equipamentos e de tropas para continuar as operações no front. Com o inverno já avançando e a falta de recursos, Kiev teme perder gradualmente as posições conquistadas nos últimos meses contra o Exército russo.

Situação no front

Formada por veteranos do Regimento Azov, a Terceira Brigada de Assalto do Exército Ucraniano é considerada atualmente a maior, mais poderosa e mais eficaz formação do Exército ucraniano. No fim do verão europeu, o grupo atacou as trincheiras russas na região de Bakhmut e recuperou terreno dos adversários. Porém, no início de dezembro, ela foi retirada do front, para reabastecer suas fileiras, antes de retornar à batalha, em fevereiro.

Na região de Bakhmut, o exército ucraniano está perdendo gradualmente suas posições. O exército russo intensifica os ataques de infantaria, causando inúmeras perdas. Do lado ucraniano, falta armamento e os soldados esperam ser substituídos por novas tropas.

Enquanto isso, a Rússia diz ter tido avanço “significativo” na região de Zaporíjia. “A situação é tensa, mas os nossos homens continuam não só a assegurar a defesa, mas também a avançar gradualmente”, disse nesta terça-feira o governador empossado por Moscou, Yevgeni Balitsky.

O Estado-Maior do Exército ucraniano, por sua vez, afirma ter repelido os ataques russos nessa mesma área, assim como em grande parte da linha do front. Em torno de Bakhmout, região onde houve combates sangrentos durante quase um ano e meio, ocorreram “14 ataques inimigos que os nossos soldados repeliram”, tal como na zona de Mariinka, afirmou o Estado-Maior do Exército ucraniano.

Kremlin fala em fiasco

Para o Kremlin, qualquer nova ajuda americana à Ucrânia constituirá um “fiasco”. Foi o que declarou Moscou nesta terça-feira, poucas horas antes da reunião prevista entre os presidentes ucraniano e americano sobre a assistência militar a Kiev.

“As dezenas de bilhões de dólares injetados na Ucrânia não ajudaram o país a ter sucesso no campo de batalha. E as dezenas de bilhões de dólares adicionais que a Ucrânia quer estarão condenadas ao mesmo fiasco”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, questionado pela imprensa sobre o encontro em Washington entre Joe Biden e Volodymyr Zelensky.

Fonte: Metrópoles

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