Direita pode formar grande federação e bagunçar a correlação de forças no Congresso

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Direita pode formar grande federação e bagunçar a correlação de forças no Congresso

Republicanos, União Brasil e PP têm bancadas expressivas e ocupam ministérios no governo Lula

Porto Velho, RO - Três partidos com grandes bancadas no Congresso Nacional dialogam sobre a possibilidade de formar uma federação que teria o potencial de alterar profundamente a correlação de forças no cenário politico: Republicanos, União Brasil e PP.

A articulação, embora ainda inicial, é desenvolvida pelas cúpulas das três legendas. O tema não tende a avançar nas próximas semanas, devido ao recesso no Legislativo, mas pode voltar a ganhar tração a partir de fevereiro.

Confira os números de deputados de cada partido envolvido na negociação:

* União Brasil: 59

* PP: 50

* Republicanos: 41

O União, a propósito, só fica atrás de PL (96) e Federação PT-PV-PCdoB (81) em número de deputados. Uma eventual federação dos três partidos de direita chegaria à expressiva marca de pelo menos 150 representantes na Câmara.

No Senado, o cenário é este:

* União: 7

* PP: 6

* Republicanos: 4

Lá, na Casa Alta, as maiores bancadas são as de PSD (15), PL (12) e MDB (11).

Além de marcarem forte presença no Congresso, União, PP e Republicanos são tradicionalmente competitivos em eleições municipais e tendem a ter um resultado significativo em 2024, embora ainda não façam previsões assertivas.


As três legendas, que compõem o chamado Centrão, também ocupam ministérios no governo Lula (PT):

União:

* Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Góes. Ele foi indicado pelo União e se licenciou do PDT antes de assumir o cargo;

Turismo: Celso Sabino;

Comunicações: Juscelino Filho.

PP:

Esporte: André Fufuca.

Republicanos:

Portos e Aeropotos: Silvio Costa Filho.

Desde 2017, as coligações foram extintas nas eleições proporcionais, que escolhem deputados e vereadores. No entanto, a legislação continuou a permitir a união de partidos em torno de uma única candidatura nas disputas majoritárias (para presidente, senador, governador e prefeito).

Com a criação das federações, instituída no ano passado, os partidos podem se unir na disputa por qualquer cargo, desde que permaneçam assim por todo o mandato conquistado. A federação de partidos vale para eleições majoritárias e proporcionais.

A principal diferença entre os modelos, portanto, é o caráter permanente das federações, uma vez que as alianças firmadas nas coligações valem apenas até a eleição e podem ser desfeitas logo em seguida.

Atualmente, o Brasil tem três federações registradas no Tribunal Superior Eleitoral:

* PT-PCdoB-PV;

* PSDB-Cidadania;

* PSOL-Rede.

Fonte: Carta Capital

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