Comparsas do maior devastador da floresta amazônica são alvo da PF

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Comparsas do maior devastador da floresta amazônica são alvo da PF


Na nova etapa, a PF mira em engenheiros, empresários, advogados e servidores públicos do Estado do Pará que atuaram com o criminoso

Porto Velho, RO - A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (6/12), a Operação Retomada II para desarticular organização criminosa voltada à realização de fraudes com o objetivo de invadir e desmatar terras da União.

Estima-se que tenham sido “grilados” cerca de 22 mil hectares que, em boa parte, foram objeto de desmatamento para a inserção de gado. O grupo é ligado ao empresário Bruno Heller, conhecido por ser o maior devastador da floresta amazônica.

Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nos estados do Pará e Mato Grosso, em face de engenheiros, empresários e servidores públicos do Estado do Pará que, junto à família de Bruno Heller, possivelmente fazem parte da organização criminosa.

Duas empresas de regularização fundiária também foram alvo, bem como o escritório de uma advogada que teria acesso privilegiado a autuações e embargos realizados por uma autarquia ambiental federal.


Durante as investigações, a PF identificou que empresas, por meio de seus sócios e funcionários, teriam fraudado cadastros de áreas públicas da União através da inserção de dados falsos em sistemas e falsificação de documentos.

Os funcionários das empresas atuavam, ainda, no planejamento e acompanhamento em tempo real do desmatamento.

A advogada suspeita também é investigada por, supostamente, negociar o pagamento de propina a servidores públicos estaduais que teriam flagrado o desmatamento ilegal.

A Justiça Federal também decretou o sequestro de aproximadamente R$ 116 milhões, nove imóveis, além do afastamento das funções dos servidores públicos e da advogada. Cerca de 80 policiais participam da operação.

A primeira fase da operação foi deflagrada em agosto deste ano. À época, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nos municípios de Novo Progresso (PA) e Sinop (MT), sequestro de veículos, cerca de 20 imóveis, sendo 11 fazendas, bem como a indisponibilidade de 10 mil cabeças de gado.

Fonte: Metrópoles

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