
Ana Karina, é administradora em Rio Branco, e já era mãe de Lucas, de 23 anos, e de Isabela, de 19, quando engravidou em 2016 de Léo, com 6 anos. Ela tinha terminado a quimioterapia e estava na menopausa quando engravidou do 3º filho aos 42 anos.
Porto velho, RO - A chegada do terceiro filho significou uma resposta divina ao pedido de cura que a administradora Ana Karina Amorim fazia desde que iniciou o tratamento contra o câncer de mama em 2013. Três anos depois, em 2016, já com o fim da quimioterapia, Ana Karina descobriu que estava grávida aos 42 anos e viu na maternidade um recomeço.
Neste domingo (14), quando é celebrado o Dia das Mães, o g1 conta a história da administradora, que descobriu que seria mãe pela terceira vez a batalha contra a doença, as cirurgias durante o tratamento até a surpresa da gravidez durante a menopausa.
"Digo para quem está passando por esse problema, que é o tratamento contra o câncer, ou está recebendo a notícia, que não desista, é possível sim a cura quando a doença é diagnosticada no início, quando o tratamento é feito certinho, quando se tem acesso aos medicamentos", incentiva.
Ana Karina já tinha um casal de filhos, uma menina de 9 anos e menino de 13, quando foi diagnosticada com câncer de mama em 2013 após exames de rotina e acompanhamento que fazia de um cisto no seio. De imediato, ela viajou com os filhos e o marido para Brasília (DF) para retirar as duas mamas, fazer a cirurgia de mastectomia total.
De volta ao Acre, a administradora iniciou o tratamento com a quimioterapia que durou seis meses. Apegada à fé, ela relembra que temia não conseguir criar os filhos e pedia a Deus que lhe curasse.
"Minha grande preocupação era como dar a notícia para eles, como levar de uma forma mais leve, se era possível, para não abalar tanto. O Lucas tinha mais entendimento e foi mais difícil para ele. Foram seis meses de quimioterapia, o cabelo caiu todo, mas a cada momento que eu ia era como se estivesse me arrumando para uma festa porque minha gratidão a Deus era tanta por estar tendo aquela oportunidade de cura. Agradeci o tempo todo porque era comigo, não com meus filhos, nem com minha mãe. Se fosse com eles não saberia como lidar", relembra.
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Ana Karina engravou aos 42 anos após tratamento contra câncer de mama — Foto: Arquivo pessoal
Gravidez inesperada
Ana recorda que naquela época já tinha entrado na menopausa, não menstruava mais e, por isso, não usava nenhum métodos contraceptivos. Com o fim da quimioterapia, ela passou a ir ao médico em meses para acompanhamento contra o câncer.
Foi em um desses retornos que ela falou para o médico que sentia muita sonolência e achava que estava com anemia. O médico pediu exames de sangue, mas, segundo ela, nunca houve a desconfiança de gravidez.
"Não senti enjoo, só sono. Eu disse para o médico que estava com anemia, que deixa a gente fraca e sonolenta. Foi quando ele disse que não tinha sintomas de anemia, pediu os exames de rotina e pedi que passasse o exame de gravidez porque fazia muito exame de imagens. Foi aí que deu positivo. Ninguém acreditava, nem ele acreditava. Quando a gente foi contar na família, todo mundo achava que meu filho mais velho que seria pai. Todo mundo achava que o Lucas seria pai", conta.
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Ana Karina fez tratamento contra o câncer de mama e engravidou três anos depois — Foto: Arquivo pessoal
A administradora destaca que nunca imaginou que teria um terceiro filho. Contudo, viu na gravidez uma resposta das suas orações pela cura.
"A resposta que Deus me deu foi a gravidez do Leozinho. Eu tinha a certeza que não teria mais filho, pela idade, pelo tratamento, pela menopausa. Então, a gente estava tranquilo, já tinha dois filhos e era aquelo que tínhamos planejado, um casal de filhos. Mas, os planos de Deus são outros em nossa vida", diz.
Atualmente, Leozinho tem seis anos. Ana Karina explica que a gravidez foi super tranquila, nem enjoo sentiu como das outras vezes e o filho nasceu saudável. "Parto tranquilo, fiz cesárea e já aproveitei para ligar as trompas. Fiz o teste genético e foi detectado que eu poderia desenvolver o câncer de útero e ovário. Então, fiz uma nova cirurgia para retirar útero e ovário", afirma.
Ana Karina conta que o Dia das Mães sempre foi celebrado com muito amor e alegria em casa com os filhos e a mãe dela. Porém, após o tratamento e o nascimento do filho caçula o dia tem um significado mais que especial.
"Dia das mães sempre tem um significado muito forte e com a vinda do Lucas e da Isabela é outra forma de comemorar. Com a vinda do Leozinho é sempre muito bom, feliz. Tem outro significado, mas sempre com muito amor e com a família", confirma.
Fonte: G1
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