Seleção brasileira começa seu novo ciclo neste sábado na estaca zero, sem legado deixado por Tite

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Seleção brasileira começa seu novo ciclo neste sábado na estaca zero, sem legado deixado por Tite


Time do técnico interino Ramon enfrenta Marrocos depois de terra arrasada após a Copa do Mundo do Catar


Porto Velho, RO - Depois do fracasso do Brasil na Copa do Mundo do Catar sob o comando de Tite e sua patota, que tinha Neymar como o patrão, a seleção brasileira faz no sábado sua primeira partida na temporada, diante do Marrocos, um rival que em outros tempos não se imaginava fazer frente ao país pentacampeão do mundo, mas que nos dias atuais pode até ganhar o jogo. Isso dá a dimensão do que virou a seleção brasileira.

A saber, para que não se tenham dúvidas: um time comum. O jogo será em Tânger. Tite não deixou legado na seleção. O time recomeça do zero, como se nada antes desse jogo tivesse existido. É, sim, terra arrasada após seis anos sob o mesmo comando. Há muitos responsáveis por isso.

Seleção brasileira começa sua trajetória para a Copa do Mundo de 2026 neste sábado (25) Foto: Nelson Almeida/AFP

Nesse tempo, a CBF esteve preocupada com seus problemas internos e deixou o barco navegar. Tite abraçou uma ‘família’ no elenco e morreu abraçado a ela. Não soube formar um time em todos os seus sentidos, mesmo tendo os melhores jogadores para escolher. Seu trabalho é mal avaliado.

Por fim, os jogadores sempre foram melhores nos seus respectivos clubes na Europa do que quando vestiam a camisa da seleção. Deitaram e rolaram nas fracas Eliminatórias Sul-americanas e não convenceram nos jogos principais do Mundial do Catar, em 2022.

A verdade, nesse tempo sem jogos do Brasil, ninguém ficou com saudade deles. Poucos deveriam continuar no novo ciclo que se abre para 2026.

De todos eles, Neymar carrega a parte mais pesada do piano. É assim porque ele é o melhor de todos. E sempre aceitou essa responsabilidade. Mas também não entregou o que se esperava dele. Alguns se aposentaram da seleção, outros estão machucados, como o próprio Neymar, e outros ainda foram esquecidos pelo técnico Ramon Menezes, interino que assumiu a bucha para comandar a equipe sábado.

A seleção brasileira está sem rumo. Não há técnico para o restante da temporada. Não há nem negociação para ter um treinador à altura da tradição do time. A CBF tenta convencer profissionais renomados de fora do Brasil. Desse ponto de vista, a porta está escancarada para treinador estrangeiro. Não há resistência quanto a isso porque o torcedor entendeu que os técnicos nacionais ficaram para trás, sucatearam suas formas de trabalhar. Todos os sondados, como Abel Ferreira, Ancelotti e Zidane, são europeus. É da Europa que deve sair o técnico do Brasil, gostem ou não os coleguinhas brasileiros. E eles não gostam, embora falem o contrário.

Tite deixou uma imagem muito ruim a ponto de a CBF estar decidida a buscar um estrangeiro para o cargo. O Brasil toma pau dos europeus desde a Copa de 2006. O jogo contra Marrocos, apesar de ter um interino, é o pontapé inicial para o fim das patotas no time e o recomeço de um trabalho para tirar a seleção do limbo.


Fonte: Estadão

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