Inflação desacelera em maio e fecha mês com alta de 0,47%

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Inflação desacelera em maio e fecha mês com alta de 0,47%




O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, fechou o mês de maio com alta de 0,47%. O resultado representa uma deseceleração em relação a abril, quando o índice foi de 1,06%.

A inflação acumula alta de 4,78% no ano e de 11,73% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE).

O grupo com maior variação foi o de vestuário, que subiu 2,11% e contribuiu com alta de 0,09 ponto percentual (p.p) no índice geral. O setor de transportes foi o que mais impactou: teve peso de 0,3 p.p e marcou aumento de 1,34%. Esse valor está abaixo do registrado em abril, quando chegou a 1,91% no mês.

No grupo transportes, os combustíveis tiveram alta de 1%, valor inferior aos 3,2% de abril. Isso se deve à desaceleração do preço da gasolina (recuou de 2,48% em abril para 0,92% em maio). O etanol teve queda de 0,43% no mês, após subir 8,44% em maio.

Alimentos e bebidas fecharam o mês em 0,48%, desaceleração na comparação com abril (2,06%). A maior queda na alimentação em domicílio foi do preço da cenoura (24,07%). Já a alta de maior impacto foi a do leite longa vida, que subiu 4,65% e acumula crescimento de 28,03% no ano. A inflação da cebola, entretanto, foi a maior, variação de 21,36% no mês de maio.

Habitação foi o único grupo em que houve queda, de 1,7%, o que impactou em redução de 0,26 p.p no resultado do mês. Isso se deve principalmente à energia elétrica, que caiu 7,95% e recuou pela segunda vez seguida. Em 16 de abril, a cobrança extra na tarifa energética, devido à escassez hídrica, acabou e passou a valer a bandeira verde, quando não há cobrança adicional.

O preço do gás de botijão (GLP) recuou em 1,02% após subir 3,32% em abril. Por outro lado, as taxas de saneamento básico aumentaram em 2,73%, reflexo dos reajustes em São Paulo e em Curitiba. Nessas cidades, a inflação da água e esgoto foi de 8,29% e 1,97%, respectivamente.

Educação marcou alta de 0,04% e a área de saúde e cuidados pessoais teve crescimento de 1,01% no período. Na saúde, planos de saúde deflacionaram 0,69%, os reajustes aprovados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) devem ser contabilizados no IPCA-15 de junho.

Economia dá sinais de melhora

Dados recentes mostram que a economia brasileira tem dado sinais de respiro após meses no vermelho. Em 3 de junho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1% no primeiro trimestre de 2022, em relação ao quarto trimestre de 2021, e 1,7%, se comparado ao mesmo período do ano passado.

Outro sinal de melhora na economia é a queda no preço do dólar que, desde 14 de maio, permanecesse abaixo de R$ 5. Além disso, as contas públicas alcançaram um superávit primário de mais de 140 bilhões de janeiro a abril deste ano. A inflação também apresentou queda mensal de 65% em maio.

A taxa de desemprego também apresentou queda. De acordo com o IBGE, a desocupação ficou em 10,5%, menor número desde 2015. O economista João Fernandes avalia que o número aponta para uma recuperação da confiança das empresas com o arrefecimento da pandemia de Covid-19.


Fonte: Metrópoles

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