Caso Backer: mais de 2 anos após mortes por intoxicação, Justiça começa a ouvir testemunhas

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Caso Backer: mais de 2 anos após mortes por intoxicação, Justiça começa a ouvir testemunhas


A previsão é que 28 testemunhas arroladas pelo Ministério Público, incluindo vítimas, fiscais e delegados, sejam ouvidas até a próxima quinta-feira (26).

PORTO VELHO, RO - Começam nesta segunda-feira (23) em Belo Horizonte as audiências de instrução e julgamento do caso Backer. A contaminação de cervejas da marca por dietilenoglicol deixou dez pessoas mortas e várias outras com sequelas.

A previsão é que 28 testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público de Minas Gerais, incluindo vítimas, fiscais e delegados, sejam ouvidas até a próxima quinta-feira (26) – sete por dia.

O objetivo dessas audiências é coletar provas orais. A data para os depoimentos de testemunhas da defesa e dos réus ainda será marcada.

Ao todo, 11 pessoas, inclusive sócios-proprietários da cervejaria Backer, se tornaram réus "por crimes cometidos em função da contaminação de cervejas fabricadas e vendidas pela empresa ao consumidor". Uma delas morreu em novembro de 2020.

Ainda não há prazo para o julgamento dos réus. Enquanto isso, em abril, a Cervejaria Três Lobos, responsável pela Backer, obteve autorização para voltar a produzir cervejas no parque industrial de Belo Horizonte.


Em nota, a empresa disse que "sempre teve e mantém total interesse na apuração de fatos associados a cervejas por ela produzidas anteriormente a 2020 e, por isso, segue contribuindo ativamente com as investigações" (veja a nota na íntegra abaixo).

Relembre

A contaminação nas cervejas da Backer veio à tona em janeiro de 2020, quando a Polícia Civil começou a investigar a internação de várias pessoas após o consumo da cerveja Belorizontina, da Backer, com sintomas de intoxicação.

Segundo as investigações da Polícia Civil, a contaminação das cervejas por monoetilenoglicol e dietilenoglicol aconteceu devido a um vazamento no tanque da fábrica.



Cerveja da Backer — Foto: Divulgação

O MP considerou que, ao adquirir deliberadamente o monoetilenoglicol, impróprio para o uso na indústria alimentícia, três sócios-proprietários da cervejaria assumiram o risco de produzir as bebidas alcoólicas adulteradas.

De acordo com o órgão, sete engenheiros e técnicos encarregados da fabricação da bebida agiram com dolo eventual ao fabricarem o produto sabendo que poderia estar adulterado.

Também foi denunciada uma testemunha por apresentar declarações falsas no decorrer do inquérito policial.

O que diz a Backer

"Entre os dias 23 e 26 de maio ocorrerão audiências de instrução do processo conhecido como Caso Backer. Nas referidas audiências as testemunhas de acusação farão seus depoimentos. Dentre outros, serão ouvidos vítimas, fiscais e delegados.

Essa será a primeira etapa da coleta de provas. Nenhuma testemunha de defesa ou réus serão ouvidos neste momento. E não há possibilidade, nessa fase, de conclusão do processo.

A Cervejaria Três Lobos destaca que sempre teve e mantém total interesse na apuração de fatos associados a cervejas por ela produzidas anteriormente à 2020 e, por isso, segue contribuindo ativamente com as investigações e com o trabalho dos órgãos de controle e fiscalização."


Fonte: G1

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