Temendo “emergência nuclear”, Romênia distribuirá iodeto de potássio

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Temendo “emergência nuclear”, Romênia distribuirá iodeto de potássio


O ministro da Saúde romeno, Alexandru Rafila, confirmou que a droga será entregue a partir da próxima semana


PORTO VELHO, RO - O governo da Romênia, país que faz fronteira com a Ucrânia, anunciou que irá distribuir comprimidos de iodeto de potássio para a população. O medicamento, usado normalmente em tratamento radioterápico, e que serve para proteção contra a radiação, deverá ser usado em caso de emergência nuclear.

Nesta terça-feira (29/3), o ministro da Saúde romeno, Alexandru Rafila, confirmou que a droga será entregue a partir da próxima semana por meio de médicos de família.

Rafila disse que um incidente nuclear é “improvável”, mas “possível”. “Eles [os comprimidos] devem ser tomados se houver um incidente nuclear nas proximidades. Caso contrário, eles não devem ser tomados”, recomendou.

Antes do anúncio, o governo russo voltou a cogitar o uso de armas nucleares na guerra contra a Ucrânia. Segundo o Kremlin, a medida seria uma autodefesa em caso de “ameaça à existência” do país.


Em entrevista ao canal de televisão PBSO, o porta-voz do governo Putin, Dmitri Peskov, admitiu a possibilidade, mas garantiu que a Rússia não tem planos para esse tipo de ação.

“Nós temos o conceito de segurança muito claro, de que apenas quando existir uma ameaça à existência do nosso país nós podemos usar – e de fato usaremos – armas nucleares para eliminar essa ameaça”, frisou.

Peskov então respondeu que “ninguém está pensando na ideia de usar uma arma nuclear”.

Antes, o próprio porta-voz, o ex-presidente e ex-primeiro-ministro Dmitri Medvedev e o presidente russo, Vladimir Putin, já tinham cogitado a possibilidade, o que deixou o mundo em alerta.

“Poeira radioativa”

Soldados russos estariam dirigindo veículos blindados em Chernobyl, pela região da Floresta Vermelha — área de extrema radiação. O movimento estaria levantando nuvens de “poeira radioativa”.

As informações foram divulgadas na segunda-feira (28/3) por agências internacionais de notícias. Chernobyl foi palco do maior desastre nuclear da história.

Segundo dois funcionários, o contato com essa “poeira radioativa” seria um “suicídio”. Eles informaram que respirar essas substâncias espalharia radiação pelo organismo.

Em 1986, ao menos 31 pessoas morreram imediatamente após uma explosão no local. Outras dezenas foram vítimas anos após receber a radiação.

Tropas russas tomaram o controle de Chernobyl dias depois do início da guerra na Ucrânia.


Fonte: Metrópoles

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