ONG denuncia que detidos nos protestos em Cuba estão sem direito a defesa

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ONG denuncia que detidos nos protestos em Cuba estão sem direito a defesa

Cubano-americanos participam de uma manifestação realizada para mostrar apoio aos manifestantes em Cuba, em frente ao Restaurante Versailles em Miami, Flórida, EUA, em 14 de julho de 2021. Imagem ilustrativa.


A ONG Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH), com sede na Espanha, denunciou nesta quinta-feira a situação de indefesa dos detidos em Cuba durante os protestos dos últimos dias, já que os tribunais daquele país ficarão fechados durante uma semana.

Portanto, neste período será impossível apresentar recursos em favor das "vítimas da repressão em Cuba".

"Não existe lei, Cuba se encontra em estado de sítio ou exceção não declarado, enquanto as forças de segurança continuam com a repressão, organizando incursões, invadindo casas para deter manifestantes com total discrição e violência", denuncia a ONG, que conta com uma rede de observadores no país.

No último domingo, milhares de cubanos saíram às ruas em várias cidades do país para protestar contra o governo gritando "liberdade!", em um dia sem precedentes que resultou em centenas de prisões e confrontos após o ditador Miguel Díaz-Canel ordenar a presença de seus apoiadores nas ruas para confrontar os manifestantes.

E desde então, as autoridades exercem um forte controle para evitar novos protestos.

As informações recebidas pelo OCDH indicam que "as delegacias não recebem os advogados contratados pelos familiares para representar os detidos, as prisões também permanecem fechadas e muitos detidos foram presos por medida de precaução e permanecem incomunicáveis", disse o comunicado.

Os relatórios da rede de observadores do OCDH, que monitoram constantemente a situação, apesar dos cortes na internet e das restrições de circulação, indicam que há pessoas que se refugiaram nas montanhas, fugindo da perseguição.

Além disso, também denunciaram a detenção de pessoas identificadas nos vídeos dos protestos veiculados nas redes sociais, enquanto mães e familiares percorrem os centros de detenção recolhendo informações sobre eles.

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